Marte é um dos grandes - senão o grande - alvo da pesquisa espacial. Após o plano do presidente americano Barack Obama de mandar astronautas ao planeta vermelho, cada vez mais pesquisas e estudos se juntam aos já existentes para tentar descobrir se é possível chegar ao nosso vizinho.
Contudo, nós já visitamos o solo marciano há décadas, mas não presencialmente. E a próxima sonda já está a caminho - faltam apenas 100 dias para o fim da viagem.
A Curiosity segue na nave Mars Science Laboratory, lançada em 26 de novembro de 2011 em um foguete Atlas V, da Nasa - a agência espacial americana. Curiosamente, no meio do trajeto o equipamento sofreu uma experiência que pode ajudar no projeto de levar o homem a Marte.
A espaçonave foi alvejada diretamente por uma tempestade solar X-2 (na escala "Richter" do Sol, as tempestades X são as mais poderosas). Foi uma fuzilada de elétrons e prótons de altíssima energia que viajaram próximos à velocidade da luz - na Terra, essas partículas formam as auroras boreais e austrais. Ao atingir os escudos externos da nave, espatifaram moléculas e átomos em seu caminho, o que produziu uma segunda onda de energia.
E é essa radiação cósmica uma das maiores preocupações em uma viagem interplanetária. Astronautas podem acabar torrados pelos prótons do Sol ou por raios de uma supernova ou de um buraco negro. A boa notícia para a exploração espacial é que a sonda resistiu a toda esse bombardeio do Sol. A segunda boa notícia é que é a primeira que tem um equipamento para medir a radiação recebida (chamado de RAD). Contudo, não conseguimos saber com precisão como essa radiação atuou dentro da nave.
"Mesmo supercomputadores têm problemas em calcular o que exatamente ocorre quando raios cósmicos de alta energia e partículas energéticas solares atingem os escudos de uma espaçonave. Uma partícula atinge outra; fragmentos voam; os fragmentos atingem uns aos outros e batem em outras moléculas", diz um artigo da própria Nasa.
Mas sabemos que serão muitos os dados recebidos e analisados pelo RAD durante a viagem. Afinal, o Sol está em uma temporada de poderosas tempestades que deve durar ainda alguns anos. Além disso, diversas partículas de outras fontes varrem o Sistema Solar com frequência e devem - ou até já atingiram a Curiosity. E tudo isso vira know how para os cientistas. Aliás, a Nasa afirma que espera que o equipamento seja atingido. E ainda faltam 100 dias para isso.
A sonda é não apenas a mais moderna, mas também a mais bem equipada a já chegar a Marte. São 10 instrumentos científicos que deixam o robô 10 vezes mais pesado e com o dobro do comprimento que as sondas Spirit e Opportunity, lançadas em 2003.
Ao contrário das irmãs mais velhas, a Curiosity é capaz de colher (após pulverizar, triturar e/ou "explodir" com um laser) amostras de solo e rocha e analisá-las em um "laboratório" interno - ou com suas muitas câmeras e espectrômetros (equipamento que analisa o espectro eletromagnético).
Segundo o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da Nasa, o robô é capaz de passar por obstáculos de até 65 cm de altura e percorrer até 200 m por dia no terreno marciano. Um gerador radioativo, alimentado por plutônio-238, vai produzir energia suficiente para um ano marciano (687 dias da Terra), tempo previsto para a missão.
O local onde a sonda vai pousar não foi escolhido ao acaso. A cratera Gale seria um dos locais potencias para a existência de vida em Marte. Contudo, a sonda não foi projetada para determinar se existe - ou existiu - vida no planeta, já que não carrega instrumentos para registrar processos biológicos nem registrar imagens microscópicas. A ideia é preparar o terreno para futuras missões com esses objetivos e até para uma possível missão tripulada.
Contudo, nós já visitamos o solo marciano há décadas, mas não presencialmente. E a próxima sonda já está a caminho - faltam apenas 100 dias para o fim da viagem.
A Curiosity segue na nave Mars Science Laboratory, lançada em 26 de novembro de 2011 em um foguete Atlas V, da Nasa - a agência espacial americana. Curiosamente, no meio do trajeto o equipamento sofreu uma experiência que pode ajudar no projeto de levar o homem a Marte.
A espaçonave foi alvejada diretamente por uma tempestade solar X-2 (na escala "Richter" do Sol, as tempestades X são as mais poderosas). Foi uma fuzilada de elétrons e prótons de altíssima energia que viajaram próximos à velocidade da luz - na Terra, essas partículas formam as auroras boreais e austrais. Ao atingir os escudos externos da nave, espatifaram moléculas e átomos em seu caminho, o que produziu uma segunda onda de energia.
E é essa radiação cósmica uma das maiores preocupações em uma viagem interplanetária. Astronautas podem acabar torrados pelos prótons do Sol ou por raios de uma supernova ou de um buraco negro. A boa notícia para a exploração espacial é que a sonda resistiu a toda esse bombardeio do Sol. A segunda boa notícia é que é a primeira que tem um equipamento para medir a radiação recebida (chamado de RAD). Contudo, não conseguimos saber com precisão como essa radiação atuou dentro da nave.
"Mesmo supercomputadores têm problemas em calcular o que exatamente ocorre quando raios cósmicos de alta energia e partículas energéticas solares atingem os escudos de uma espaçonave. Uma partícula atinge outra; fragmentos voam; os fragmentos atingem uns aos outros e batem em outras moléculas", diz um artigo da própria Nasa.
Mas sabemos que serão muitos os dados recebidos e analisados pelo RAD durante a viagem. Afinal, o Sol está em uma temporada de poderosas tempestades que deve durar ainda alguns anos. Além disso, diversas partículas de outras fontes varrem o Sistema Solar com frequência e devem - ou até já atingiram a Curiosity. E tudo isso vira know how para os cientistas. Aliás, a Nasa afirma que espera que o equipamento seja atingido. E ainda faltam 100 dias para isso.
A sonda é não apenas a mais moderna, mas também a mais bem equipada a já chegar a Marte. São 10 instrumentos científicos que deixam o robô 10 vezes mais pesado e com o dobro do comprimento que as sondas Spirit e Opportunity, lançadas em 2003.
Ao contrário das irmãs mais velhas, a Curiosity é capaz de colher (após pulverizar, triturar e/ou "explodir" com um laser) amostras de solo e rocha e analisá-las em um "laboratório" interno - ou com suas muitas câmeras e espectrômetros (equipamento que analisa o espectro eletromagnético).
Segundo o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da Nasa, o robô é capaz de passar por obstáculos de até 65 cm de altura e percorrer até 200 m por dia no terreno marciano. Um gerador radioativo, alimentado por plutônio-238, vai produzir energia suficiente para um ano marciano (687 dias da Terra), tempo previsto para a missão.
O local onde a sonda vai pousar não foi escolhido ao acaso. A cratera Gale seria um dos locais potencias para a existência de vida em Marte. Contudo, a sonda não foi projetada para determinar se existe - ou existiu - vida no planeta, já que não carrega instrumentos para registrar processos biológicos nem registrar imagens microscópicas. A ideia é preparar o terreno para futuras missões com esses objetivos e até para uma possível missão tripulada.
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