A construção de um dos maiores telescópios do mundo na localidade de Serro Amazones, no norte do Chile, prevista para ocorrer com a ajuda financeira do Brasil, está parada. O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), responsável pelo projeto Extreme Large Telescope, alega como um dos motivos a falta de repasse de verbas combinadas com o País.
De acordo com o ministério brasileiro de Ciência e Tecnologia (MCT), a entrada do País no consórcio, acordada em 29 de dezembro de 2010, estava prevista para custar 250 milhões de euros (equivalente a quase R$ 566 milhões) ao longo de 11 anos. Contudo, durante ajuste orçamentário realizado pelo governo em 2011, o volume foi considerado elevado e o projeto foi reavaliado, encontrando-se em fase final de conclusão para ser enviado ao Congresso Nacional.
Para que as obras comecem, o ESO aguarda a confirmação do acordo que torna o Brasil o 15º membro pleno da instituição e o primeiro País de fora da Europa. O telescópio custará cerca de 1,2 bilhão de euros.
"O desejo do Brasil é participar de todo o programa do ESO. É imprescindível que haja transferência de tecnologia e participação da indústria brasileira, o que exigirá um processo de negociação amplo a partir da ratificação do acordo", afirma o MCT em nota oficial.
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