Com a detonação de uma carga de explosivos no topo da montanha Las Campanas, no norte do Chile, foram iniciados nesta última sexta, 23, os trabalhos de preparação do terreno onde será instalado o Telescópio Gigante Magalhães, informou a Embaixada dos Estados Unidos em Santiago.
Às 12h59 locais (mesmo horário de Brasília), destacadas personalidades políticas e científicas do Chile e dos Estados Unidos presenciaram a explosão que simboliza o primeiro passo para o início deste instrumento astronômico que, na próxima década, se transformará na terceira maior lente do mundo.
O Telescópio Gigante Magalhães (GMT, na sigla em inglês), que está sendo construído na Universidade do Arizona (EUA), terá 25 metros de diâmetro, com uma área de luz 4,54 vezes maior à de qualquer outro telescópio atual.
Uma característica única do projeto é o uso de sete segmentos de espelho, cada um deles com 8,4 metros de diâmetro, localizados de modo que criarão uma só superfície ótica e o transformará em um dos telescópios mais potentes do mundo.
Essa potência permitirá que os cientistas obtenham imagens mais claras de planetas que orbitam ao redor de estrelas, da física dos buracos negros e da natureza da matéria escura.
Calcula-se que o GMT terá um custo aproximado de US$ 700 milhões e começará a operar no Chile em 2020.
O complexo do Observatório Las Campanas, situado cerca de 700 quilômetros ao norte de Santiago, na montanha de mesmo nome, é um dos três centros de pesquisas astronômicas no Chile que recebem financiamento dos Estados Unidos e que operam sob acordos com a Universidade do Chile.
O observatório opera há mais de quatro décadas e hoje conta com quatro grandes telescópios, entre os quais figuram dois telescópios Magalhães de 6,5 metros de diâmetro.
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