Quem apostava que o cometa Swan repetisse o mesmo feito de seu antecessor e sobrevivesse ao periélio, se arrependeu. O cometa foi aniquilado pelo calor da estrela, lançando ao espaço milhares de toneladas de material cometário varridos pelo vento solar.
As imagens captadas pelo coronógrafo Lasco C2, a bordo do telescópio espacial Soho, lembram uma típica cena de filmes de ficção científica. Às 12h00 BRT o cometa Swan parece acertar em cheio o disco solar, dando a impressão de tratar-se de um míssil prestes a bombardear a estrela. No entanto, a desproporção dos objetos é tão grande que o fim não poderia ser outro, com o Sol transformando o cometa em uma simples nuvem de poeira cósmica.
Quem observa pela primeira vez pode achar que Swan feriu mortalmente o Sol, ejetando grande parte da massa coronal em direção ao espaço. No entanto, as coisas não são bem assim. O mais perto que o cometa chegou foi a cerca de 120 mil km da superfície.
O que se vê nas imagens é a sublimação do cometa na alta atmosfera solar, quando seu núcleo se rompe e passa instantaneamente do estado sólido para o estado gasoso. Em seguida, o material constituinte - predominantemente hidrogênio e oxigênio - é soprado pela ação do vento solar. Combinados, o efeito visual é impressionante, levando o observador a acreditar que o cometa se chocou contra o Sol.
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