Duas naves espaciais idênticas da Nasa - a agência espacial americana - alcançarão a órbita lunar durante o fim de semana em uma missão destinada a estudar a estrutura subterrânea da Lua e tentar entender melhor a origem do satélite da Terra.
A primeira nave, a Grail-A (Gravity Recovery and Interior Laboratory), começará a orbitar a Lua às 21h21 GMT (19h21 de Brasília) de 31 de dezembro, seguida pela Grail-B, que fará o mesmo em 1º de janeiro em torno de 22h05 GMT (20h05 de Brasília), informou a Nasa em um comunicado. "Essa missão permitirá rever todos os textos e artigos relativos à evolução da Lua", afirmou Maria Zuber, chefe de investigação da GRAIL do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, no nordeste dos Estados Unidos).
Segundo o instituto, testes recentes indicaram que as naves espaciais estão operando dentro da expectativa até o momento. As duas naves, que possuem o tamanho de uma máquina de lavar e foram avaliadas em 500 milhões de dólares cada, foram lançadas no dia 10 de setembro.
No início de março de 2012, as duas sondas espaciais não tripuladas enviarão sinais de rádio para que os cientistas possam criar um mapa de alta resolução do campo gravitacional da Lua, o que lhes permitirá entender melhor seu subsolo, assim como a origem de outros corpos do sistema solar. A missão deve estudar partes ainda inexploradas da Lua e analisar a hipótese de que havia uma segunda Lua em torno da Terra que se fundiu com a atual.
As duas sondas levaram três meses para percorrer os quase quatro milhões de quilômetros que nos separam da Lua, sendo que o trajeto normal tripulado leva em torno de três dias para chegar ao satélite. A trajetória maior permitiu aos cientistas testar os dispositivos das naves.
De acordo com os cientistas, a Lua se formou quando um objeto do tamanho de um planeta colidiu com a Terra, liberando uma grande quantidade de material que formou a Lua. Contudo, a forma como a Lua teria aquecido com o passar do tempo, criando um oceano de magma que mais tarde se cristalizou, ainda é um mistério, mesmo após as 109 missões realizadas desde 1959 para estudar a Lua, que levaram ao todo 12 astronautas para sua superfície.
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