domingo, 15 de janeiro de 2012

A nossa Lua


A Lua é o único satélite natural do planeta Terra, que completa uma volta a cada 29,5 dias (período que usamos para dividir o ano em meses). É, proporcionalmente, o maior satélite natural do nosso Sistema Solar.

Não parece a Lua? É porque esta foto é do lado oculto da Lua, que não pode ser visto da Terra.
Sua massa é tão significativa em relação à massa da Terra que o eixo de rotação do sistema Terra-Lua encontra-se muito longe do eixo central de rotação da Terra. 

Não há um consenso sobre sua origem, mas as similaridades entre o teor dos elementos que encontramos na Terra e na Lua sugerem que ambos os corpos podem ter tido uma origem comum. Neste aspecto, a Lua poderia ter surgido dos restos de uma violenta colisão entre a Terra e um outro planeta menor (que teria se desintegrado no choque), ou poderia ter se desprendido da Terra devido à força centrífuga, quando esta ainda era um proto-planeta, feito de massa liquefeita girando muito rápido. 

A Lua possui um movimento de rotação com período igual ao seu período de translação, o que faz o satélite exibir sempre a mesma face para o planeta, fato que gerou inúmeras especulações a respeito do "lado escuro" da Lua, que na verdade fica iluminado quando estamos no período de Lua Nova. Provavelmente o seu período de rotação já foi inferior ao seu período de translação, mas as chamadas forças de maré exercidas pela Terra foram desacelerando a sua rotação até atingir este sincronismo que vemos hoje, que é estável. 

A superfície da Lua é coberta por uma camada de sedimento fino e esbranquiçado, produzido principalmente por impactos de meteoritos. A Lua sofre mais do que a Terra com impactos de meteoritos por causa da ausência de atmosfera, que poderia desintegrá-los ou diminuir suas velocidades, como acontece na Terra. A face voltada para a Terra possui uma camada de sedimentos mais fina porque sofreu menos impactos de meteoritos, onde se concentram os "mares", que são regiões mais planas e escuras, formadas por material vulcânico. 

Do espaço, percebemos que a Lua tem sempre uma metade iluminada pelo Sol, mas da perspectiva da Terra vemos uma variação cíclica de sua iluminação, que dividimos em quatro fases. Quando a Lua está entre a Terra e o Sol, ela fica a "contra-luz" e não podemos vê-la, quando a chamamos de "Lua Nova". Conforme ela se afasta do Sol, em sua órbita em torno da Terra, começamos a ver uma pequena parte da sua metade iluminada, que vai aumentando dia-a-dia, quando a chamamos de "Lua Crescente". No meio desta fase, no ponto chamado "Quarto Crescente", vemos metade da sua metade iluminada, o indica que a Lua está cruzando o caminho da órbita da Terra, o ponto do espaço onde a Terra esteve há aproximadamente 3h30. A Lua então continua "crescendo" até que podemos ver toda a sua metade iluminada, quando a chamamos de "Lua Cheia". Depois da lua cheia, a Lua começa então a se aproximar do Sol, no seu caminho em torno da Terra, e começamos a perceber uma diminuição diária de sua iluminação, quando a chamamos de "Lua Minguante". No meio desta fase, o chamado "Quarto Minguante", vemos novamente metade da sua metade iluminada, indicando que a Lua está cruzando novamente o caminho da órbita da Terra, mas agora a sua frente, no ponto do espaço onde a Terra estará em aproximadamente 3h30. A Lua então continua "minguando" até que atinja novamente a região entre a Terra e Sol, onde não podemos mais vê-la (a Lua Nova) e reinicia o ciclo. 

Se o plano da órbita da Lua em torno da Terra fosse alinhado com o plano da órbita da Terra em torno do Sol, teríamos eclipses solares e lunares totais a cada duas semanas, alternadamente, pois a Lua se alinharia perfeitamente com a Terra e o Sol duas vezes durante sua órbita. Mas o plano da órbita da Lua em torno da Terra é inclinado em cerca de 5 graus em relação ao plano da Terra em torno do Sol, o que faz a Lua passar a maior parte do ano por baixo e por cima da linha Terra-Sol, alinhando-se apenas duas vezes por ano, quando ocorrem eclipse solares e lunares (duas semanas depois).

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