segunda-feira, 3 de outubro de 2011

SpaceX propõe foguete reutilizável para colonizar Marte

O novo foguete vai pousar na vertical, do mesmo jeito que foi lançado, sem ser destruído na reentrada à atmosfera do planeta

A companhia americana SpaceX trabalha no primeiro foguete reutilizável para lançá-lo ao espaço visando, algum dia, ajudar na colonização do planeta Marte, disse nesta quinta-feira seu fundador, Elon Musk. 


O veículo seria uma versão reutilizável do foguete Falcon 9 que a SpaceX empregou para levar a cápsula espacial Dragon à órbita da Terra no ano passado. Sua primeira viagem com carga à Estação Espacial Internacional (ISS) está prevista para janeiro. 


A reutilização do foguete poupará dezenas de milhões de dólares e facilitará as viagens ao espaço por diversão e até a colonização de outros planetas, concretamente Marte, declarou Musk ao National Press Club. 


"Um sistema rápido e reutilizável é imprescindível para que a vida se torne multiplanetária, para se estabelecer vida em Marte. Se os aviões não fossem reutilizáveis, muito pouca gente poderia voar". 


Atualmente, um foguete Falcon custa entre US$ 50 milhões e US$ 60 milhões e seu lançamento, incluindo combustível e oxigênio, exige até US$ 200 mil. E tudo é perdido com a reentrada na atmosfera da Terra. 


Com a reutilização dos foguetes, haverá uma substancial redução de custos, garantiu Musk, um empresário da Internet que fundou o PayPal e utilizou o dinheiro ganho na web para criar a companhia de carros elétricos Tesla Motors e a SpaceX. 


O foguete projetado pela SpaceX decolaria da forma normal e teria dois estágios: a parte inferior, parecida com uma coluna, regressaria à Terra para pousar na vertical, exatamente como foi lançada. 


A ideia pode ser vista em uma animação no site http://www.spacex.com/npc-luncheon-elon-musk.php


A curto prazo, tal tecnologia poderá ser utilizada para lançar satélites e levar carga e tripulação à ISS, que atualmente é abastecida apenas pelos foguetes russos. 


A construção do foguete reutilizável "é um esforço paralelo (...), que não tem impacto em nosso trabalho de envio de carga à estação espacial" com o foguete Falcon 9, destacou Musk. É algo que "entusiasma bastante e acredito que os Estados Unidos e o restante do mundo devem ficar atentos sobre o que estamos fazendo", concluiu. 

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