terça-feira, 18 de outubro de 2011

Lua e Marte farão parte de espetáculo estelar de chuva de Oriônidas


A Lua e Marte farão parte do espetáculo estelar que poderá ser visto neste fim de semana na abóbada celeste durante a chuva anual de meteoritos Oriônidas, que neste ano é esperada para o próximo sábado, informou nesta quinta-feira a NASA, a agência espacial americana. 

Os meteorologistas estimam que mais de 15 meteoritos por hora, desprendidos do cometa Halley, atravessem a atmosfera terrestre no sábado ao amanhecer, quando a chuva alcançar seu máximo apogeu. 

"Embora não seja a maior chuva de meteoros do ano, definitivamente vale a pena se levantar para vê-la", disse Bill Cooke, do Escritório Ambiental sobre Meteoritos da NASA. O especialista indicou que, neste ano, as Oriônidas emergirão do céu na noite emolduradas por algumas das constelações mais brilhantes procedentes de Orion e passarão por Touro, Gêmeos, Leão e Ursa Maior. 

Mas este ano, além disso, Lua e Marte são parte do espetáculo. O satélite natural da Terra e o planeta vermelho formarão os dois vértices de um triângulo celeste que fechará Regulus, a estrela mais brilhante da constelação Leão no momento mais ativo da chuva, horas antes do amanhecer. 

Cooke e sua equipe estarão vigiando os meteoritos que atravessarem a Terra e também os que impactarem na Lua, já que, segundo ele, os restos de cometas como o Halley estão presentes em todo o sistema Terra-Lua. A diferença é que a Lua, por não ter atmosfera, recebe os meteoritos diretamente, os quais impactam e explodem na superfície lunar, provocando o aquecimento térmico das rochas lunares e um brilho que às vezes é visto da Terra com telescópios. 

A equipe de Cooke começou a trabalhar em 2005 e, desde então, detectou mais de 250 meteoritos lunares, alguns dos quais explodem "com energias superiores a centenas de quilos de dinamite". Neste período, registraram 15 Oriônidas que bateram a Lua, duas em 2007, quatro em 2008, e nove em 2009. 

Observar como esses meteoritos batem no satélite é uma boa maneira de aprender sobre a estrutura dos fluxos de detritos do cometa e a energia de suas partículas, explica o cientista, que ajudará seu grupo a calcular os fatores de risco para os astronautas que esperam, algum dia, voltar a caminhar sobre a superfície lunar. 

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